O conclave realizado no Vaticano chegou ao fim nesta quinta-feira, 8 de maio, com a eleição do novo líder da Igreja Católica. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, 69 anos, foi o escolhido pelos 133 cardeais reunidos na Capela Sistina, e adotou o nome de Leão XIV como papa. A tradicional fumaça branca surgiu da chaminé da capela no início da tarde, marcando o início de um novo pontificado.

Logo após a eleição, Prevost participou dos ritos previstos pela tradição milenar do conclave. Ao ser questionado com a frase latina "Quo nomine vis vocari?" (“Com que nome deseja ser chamado?”), o novo pontífice escolheu Leão, em referência a papas anteriores que marcaram a história da Igreja com esse nome. O último papa Leão — o XIII — reinou de 1878 até 1903, o que corresponde a um período de 25 anos. Ele foi o 253º papa da Igreja Católica

Na sequência, o novo papa foi conduzido à Sala das Lágrimas, onde, em momento de introspecção, vestiu pela primeira vez a batina branca, tornando-se oficialmente o sucessor de São Pedro. A sala simboliza a transição de sua identidade de cardeal para a de líder espiritual de mais de 1,4 bilhão de católicos ao redor do mundo.

Pouco depois, Leão XIV fez sua primeira aparição na sacada central da Basílica de São Pedro, onde foi aclamado pela multidão reunida na Praça. Em seguida, proferiu a bênção “Urbi et Orbi” — “para a cidade e o mundo” — marcando oficialmente o início de seu pontificado.

A escolha de um papa americano é histórica e reforça o papel crescente das Américas na Igreja Católica contemporânea. O novo papa assume o desafio de conduzir a instituição diante de crises internas, tensões geopolíticas e o compromisso com reformas e diálogo global.

O mundo agora volta os olhos para Leão XIV, que terá a missão de liderar a Igreja Católica em tempos de profundas transformações sociais, culturais e espirituais.