Morre mulher com 70% do corpo queimado em feminicídio em Palmeira das Missões

Iliane Bervian morreu durante a tarde dessa segunda-feira (28)

Morre mulher com 70% do corpo queimado em feminicídio em Palmeira das Missões
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução

Na tarde dessa segunda-feira (28), Iliane Zimmer Bervian faleceu em Porto Alegre após pouco mais de dois meses de tratamento devido ter sofrido queimaduras em 70% de seu corpo durante tentativa de feminicídio  no dia 21 de agosto, em Palmeira das Missões. A morte foi informada por sua filha, Dienifer Bervian, em suas redes sociais.

O corpo de Ilaine será transladado para Chapada, município onde ela nasceu, e velado na Capela Mortuária da Funerária Zandoná. Ainda não há previsão de chegada do corpo na cidade. Ela deixa dois filhos.

Relembre o caso

Conforme a Polícia Civil, o companheiro dela, Rivelino Santos, 50 anos, após uma discussão, teria aguardado a mulher dormir para iniciar o incêndio no imóvel. Santos foi encontrado morto no Presídio de Palmeira das Missões nesta sexta (23).

Moradora de Palmeira das Missões, Ilaine é natural de Chapada e descrita por amigos e familiares como uma pessoa querida, carinhosa e cheia de vida. Mãe de dois filhos, ela trabalha em uma floricultura e completou 50 anos na terça-feira (20).

Familiares relataram que Ilaine saiu naquela noite para comemorar o aniversário com os filhos. Os dois discutiram depois que ela chegou em casa, onde morava com Rivelino.

A versão oficial ainda é investigada pelas autoridades, mas a família relata que o homem tinha histórico de ciúmes e brigas desde o início do relacionamento, há cerca de dois anos e meio. Eles romperam uma vez e haviam reatado a relação há cerca de sete meses.

Depois do incêndio, Ilaine foi hospitalizada em estado grave com queimaduras de segundo e terceiro grau, além de complicações como anemia severa devido à perda de sangue. Iliane passou os últimos dois meses internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Cristo Redentor, onde passou por um grande número de cirurgias e intervenções ao longo desses dois meses.

Ramon Mendes - Jornalismo RP

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