Interdição de balsa em Rodeio Bonito prejudica mais de 40 mil pessoas
Apreendida no final de semana, estrutura fazia transporte de moradores e cargas de Rodeio Bonito, Ametista do Sul, Planalto e Alpestre
A Marinha do Brasil apreendeu a balsa “Santa Bárbara”, utilizada para a travessia de moradores e cargas entre Rodeio Bonito, Ametista do Sul, Planalto e Alpestre, no Norte gaúcho. Interditada desde sábado, a estrutura ainda chegou a operar durante as eleições, mas tornou a sair de circulação após o fim do pleito. A estimativa é que mais de 40 mil pessoas foram afetadas pela medida.
A balsa estava em atividade há dois meses. O serviço foi idealizado com investimento da iniciativa privada, sendo o principal meio de acesso da região desde que a ponte sobre o rio da Várzea foi destruída por chuvas em maio.
De acordo com o secretário de administração de Rodeio Bonito, Eroni Celso Stacke, a balsa fazia a ligação da cidade ao distrito de Saltinho e a municípios no Oeste catarinense, como Chapecó. Ele estima que a interdição do serviço prejudicou populações que, quando somadas, ultrapassam 40 mil pessoas.
"A balsa possibilita o fluxo diário de milhares de pessoas. Em Rodeio Bonito, por exemplo, há um hospital que recebe pacientes de toda a região. Já em Saltinho, há duas escolas, mas as aulas precisaram ser suspensas pela dificuldade de acesso dos alunos. Também há moradores que fazem tratamento oncológico em Chapecó. A balsa desempenha um serviço essencial para a população”, destacou o secretário de administração de Rodeio Bonito, município que tem cerca de 7 mil moradores.
Em nota, a Capitania Fluvial de Porto Alegre, informou que, no cumprimento de suas atribuições legais, conforme estabelece o Art. 3º da Lei nº 9.537 de garantir a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações e suas instalações, realizou a apreensão da balsa.
O comunicado diz que, durante inspeção, foram constatadas irregularidades documentais e de itens relacionados à segurança e sobrevivência que comprometem seriamente a segurança da embarcação e, por consequência, colocavam em risco a vida dos tripulantes e passageiros. Ainda segundo o texto, conforme preceitua a NORMAM- 202(Normas da Autoridade Marítima n° 202) a operação da balsa sob tais condições é de total responsabilidade de seu proprietário e operador, que têm o dever de cumprir todas as exigências normativas estabelecidas pela autoridade marítima. exigências normativas estabelecidas pela autoridade marítima.
A manifestação reforça que as normas que regulamentam a navegação são claras e devem ser cumpridas para garantir a operação segura de embarcações em águas brasileiras. A Marinha do Brasil enfatiza que permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes e garantir que todas as medidas corretivas sejam tomadas para a regularização da embarcação, sempre em conformidade com as normas que protegem a vida e o bem-estar de todos.
Fonte: Correio do Povo
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