Polícia investiga ataque a tiros em comício do PT em Bagé; motivação política não é descartada
De acordo com PC, foi o segundo crime registrado contra um integrante da sigla na cidade em menos de três dias
A Polícia Civil investiga o ataque a tiros registrado em um comício do PT em Bagé, na região da Campanha. O ato ocorria no final da tarde domingo com a participação de Luiz Fernando Mainardi, que disputa a prefeitura do município, quando um homem mascarado efetuou disparos e depois fugiu. Não houve feridos e, até o momento, ninguém foi preso.
O atirador teria surgido quando um candidato a vereador discursava em cima de um carro de som no residencial Nei Azambuja, a Cohab de Bagé. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Mainardi afirma que, no momento dos tiros, cerca de 800 pessoas estavam no local. Ele também cobra uma investigação aprofundada sobre o ocorrido.
"Nosso evento foi interrompido por uma tentativa de homicídio, um atentado. Felizmente ninguém ficou ferido, graças a Deus. O elemento, que certamente não era um morador, rompeu dos fundos atirando. Foram cinco ou seis tiros, não sabemos exatamente. Isso é grave. Foi um episódio que assustou a todos que estavam ali. Queremos uma profunda investigação das razões desse atentado”, disse o político.
De acordo com a delegada Gabrielle Zanini, titular da 1ª DP de Bagé, a apuração dos fatos contará com o apoio da Brigada Militar e Polícia Federal, além de agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Não é descartado que o ocorrido tenha motivações políticas.
“Ainda é cedo para afirmar uma motivação, mas consideramos a possibilidade de ter sido um crime político. Nenhuma hipótese é descartada. Vamos montar uma espécie de força-tarefa para o caso, porque o que ocorreu não é algo comum em Bagé. Precisamos garantir que as eleições na cidade aconteçam de forma pacífica e dentro da normalidade democrática”, destacou a titular da 1ª DP de Bagé.
A delegada adiciona que a suspeita de motivação política ganha força porque o atentado foi o segundo crime que teve como alvo um integrante do mesmo partido, em menos de três dias. O caso anterior ocorreu na sexta-feira, quando outro candidato a vereador em Bagé teve a casa arrombada e furtada.
Ainda conforme Gabrielle Zanini, um dos candidatos que participava do evento na Cohab é policial penal, o que também é considerado na investigação. Entretanto, o fato de todos os tiros terem sido disparados em meio ao grupo de apoiadores indica que ele não era o alvo do ataque.
Fonte: Correio do Povo
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