Fumaça de queimadas cobrem o Sul do país

Seca agrava situação na região da Amazônia. Brasil é o quinto país com ar mais poluído do mundo

Fumaça de queimadas cobrem o Sul do país
Foto: Anderson Alves / MetSul / Reprodução

A seca nos rios já impacta a Amazônia. Agora, as cidades da região enfrentam um novo desafio: a fumaça de queimadas ilegais. Pelo segundo ano consecutivo, o bioma sofre com o problema. Na quinta-feira (15), o Brasil foi classificado como o quinto país com o ar mais poluído do mundo. A plataforma World's Air Quality Index (WAQI), que monitora a qualidade do ar globalmente desde 2007, fez a avaliação.

Segundo o levantamento, o Canadá ocupa o primeiro lugar no ranking devido a uma grave crise de incêndios florestais. Até a tarde de quinta-feira, o país registrava uma média de 174 µg/m³ (miligrama por metro cúbico) de material particulado no ar. O limite considerado seguro é de até 50 µg/m³. No Brasil, a média foi de 150 µg/m³, três vezes acima do ideal.

O Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática informou que os incêndios florestais no Brasil e em outras partes da Amazônia foram agravados pela mudança climática e por um dos El Niños mais fortes da história. Esse fenômeno causou secas prolongadas em diversas áreas do bioma. A pasta destacou ainda que o governo federal está coordenando a resposta aos incêndios junto com os Estados. Foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar os Corpos de Bombeiros na região.

Na sexta-feira, como previsto pela MetSul Meteorologia, a fumaça das queimadas atingiu o céu do Rio Grande do Sul. A névoa tornou o sol alaranjado e vermelho. A fumaça se espalhou pelo Sul do Brasil, incluindo partes de Santa Catarina e Paraná. As correntes de vento do Norte trouxeram o material particularizado. No Sul da Amazônia e na Bolívia, o número de queimadas é alarmante. No Amazonas, as queimadas em agosto já superam a média histórica. A previsão é que a fumaça continue sobre o Sul do Brasil durante o fim de semana e início da semana.

Meteorologistas explicam que o aumento da fumaça está relacionado à intensificação de uma corrente de jato, que canaliza a poluição de Norte para Sul, atingindo o Rio Grande do Sul e o Uruguai. A chegada de ar mais quente ao Estado deve elevar as temperaturas na Metade Norte gaúcha.


Fonte: MetSul Meteorologia / LA+

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